quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Minha 1ª gestação

Dando continuidade a minha história de vida, o dia 02 de abril de 2007, ficou marcado para sempre na minha vida, além de ser o dia do meu aniversário, foi também o dia em que descobri que seria mamãe.
Minha gestação correu tranquilamente até o 8º mês, mais precisamente, até a 34ª semana; a partir daí a minha pressão subiu muito. Meu bebê estava previsto para o dia 15 de novembro, estava ansiosa e não via a hora de poder segurá-lo em meus braços...meu bebê, meu menininho, um pedacinho meu e do meu marido, o fruto do nosso amor!
No dia 15 de outubro, segunda-feira, fui à consulta de pré-natal; chegando lá, como de costume, a minha GO aferiu a minha pressão, na ocasião estava 15x10, ela pediu que eu fosse imediatamente à maternidade a qual eu tinha escolhido para ter meu bebê. Confesso que fiquei muito preocupada, afinal, faltava ainda 1 mês para o meu bebê nascer.
Fiz como a minha GO havia recomendado e fui à maternidade, chegando lá foi constatado que a minha pressão estava alta, tomei um medicamento, soro e fiquei em repouso por mais de 2 horas; passado esse tempo, voltei com a médica e novamente foi aferida a minha pressão à qual dessa vez estava 12x8; a médica me deu alta e receitou-me um medicamento para controlar a pressão.
No dia seguinte amanheci com uma baita dor de cabeça e com a visão um pouco embaçada, a minha médica já havia me dito que isso era um sinal que a minha pressão estava alta mas, como não tinha medidor de pressão em casa resolvi ficar de repouso até a dor de cabeça passar, o que acabou acontecendo muitas horas depois.
Na quarta-feira, dia 17/10 amanheci novamente com aquela dor de cabeça, porém, muito mais forte e que me impedia de realizar meus afazeres em casa. Conversando com a minha amiga e vizinha, ela achou melhor me levar novamente à maternidade; troquei de roupa e lá fomos nós, ela me levou e me fez companhia. Minha pressão estava 16x10, a médica receitou uma medicação e soro, fiquei de repouso e cerca de 2 horas depois tive alta, minha pressão tinha normalizado. Voltamos para casa.
Quinta-feira foi a mesma luta, a cabeça doendo, vista embaçada e um baita cansaço, sabia que a pressão estava alta porém, não quis incomodar ninguém e, apenas fiquei de repouso na esperança da dita cuja (pressão) baixar. Dormi bastante e o dia passou voando.
Estávamos na sexta-feira, dia 19/10/07, o dia estava ensolarado e incrivelmente bonito. Acordei bem disposta, porém sem fome. Resolvi então começar a preparar o almoço, cerca de 1 hora depois comecei novamente a sentir aquela dorzinha irritante de cabeça, a visão começou a escurecer e senti um forte enjôo, me sentei antes que eu viesse a desmaiar; pouco tempo depois, resolvi pedir ajuda à minha amiga e vizinha. Ela chamou o rapaz da farmácia para aferir a minha pressão e, para a surpresa de todos ela estava 18x12.
Liguei para a minha mãe e, assim que ela chegou, fomos as 3 à maternidade juntamente com outra vizinha nossa que foi dirigindo. Chegando lá foi constatado a pressão de 18x12, a médica receitou a medicação, soro e repouso; cerca de 1 hora depois, a médica pediu que fosse aferida a pressão novamente e, ao invés de baixar ela havia subido para 19x13. Novamente medicação e repouso, mais 1 hora se passou e a enfermeira voltou a aferir a pressão que continuava alta 19x12. A médica que me atendeu pediu que eu fosse levada novamente à sala dela, lá fui examinada e foi retirado um pouco do líquido para verificar a cor do mesmo.
Após esse procedimento, a GO pediu que a enfermeira me entregasse o kit de internação, contendo avental, sapatilha e touca e pediu que eu me trocasse e assinasse os papéis para a internação.
Subi ao centro cirúrgico por volta das 22:20 aproximadamente, lá o anestesista aplicou a raqui, a 1ª não pegou, a 2ª também não, só na 3ª vez é que senti minhas pernas adormecerem. Durante todo o procedimento o anestesista ficava conversando comigo e eu pude notar que a minha pressão havia chegado a 240x180 ou simplesmente 24x18. As 22:30 min. nasceu meu filho, me mostraram ele rapidamente e logo correram com ele para a UTI NeoNatal.
Fui levada à sala de recuperação e, 10 min depois, uma enfermeira me entregou o meu bebê, ela me disse que ele estava respirando normalmente e que não precisaria ficar na incubadora.
Meu bebê nasceu de 8 meses com 2,795g e 46cm, perfeito e muito saudável, é o orgulho do papai e da mamãe.

O sonho de ser mãe

Olá, meu nome é Débora, tenho 35 anos, sou casada e tenho 2 lindos filhos.
Meu 1º casamento foi aos 18 anos e fiquei "casada" por longos 10 anos.
Não tivemos filhos, não por opção minha mas, por não conseguir engravidar; acredito que ele adorava o fato de não ser pai, afinal, nunca gostou da idéia.
Nos separamos em 2004 e, no mesmo ano, me casei novamente, com um amigo de trabalho.
Sempre tive o sonho de ser mãe mas, infelizmente não conseguia concretizá-lo. Tentamos por 2 anos, sem sucesso. Em junho de 2006 fiz uma bateria de exames para identificar a causa da minha dificuldade em engravidar; foram US transvaginal, de mamas, da tireóide, exames de sangue FSH, TSH, LH, E2, T3, T4, Prolactina entre outros tantos.
Meus exames deram tudo ok, a não ser pelo resultado do US transvaginal que identificou ovários micropolicísticos. Minha GO então resolveu pedir um exame para identificar se havia algum tipo de problema nas minha trompas que pudesse impedir a concepção.
No dia 04/07/07 fui até uma clínica especializada no Belenzinho/SP para realizar a Histerossalpingografia, exame que minha GO havia solicitado. O mesmo consiste em um exame de RX com a aplicação de um contraste para visualizar a cavidade uterina e as trompas, é um tanto chato de se fazer e um pouco dolorido mas, estava disposta a lutar pelo meu sonho de ser mãe.
Para a minha surpresa, o resultado do exame foi: "Cavidade uterina de dimensões, contornos e relevo mucoso normais. Trompas opacificadas com calibre e relevo mucoso conservados, observando-se passagem normal do contraste na cavidade peritoneal." em outras palavras, tudo normal. \o/
Com o resultado do exame em mãos, minha GO me receitou um indutor de ovulação. Fiz tudo conforme explicado pela minha médica, porém, não ovulei em nenhum ciclo e, portanto, não engravidei. :(
Foram alguns ciclos desse medicamento até dezembro desse mesmo ano e...NADA! Cada vez que se aproximava o dia da minha menstruação eu ficava ansiosa e pedindo à Deus que ela não viesse mas, sempre acabava vindo e, eu me derramava em lágrimas tentando entender o que havia feito de tão mal para estar sendo punida dessa maneira.
Estávamos em 2007, começava um novo ano mas, com os mesmos problemas, as mesmas dificuldades, desejos e anseios porém, eu não estava mais disposta a passar pelas mesmas frustrações, eu estava esgotada e, de certa forma, conformada; havia "aceitado" que a gestação, todo o processo de gerar um filho, não era pra mim...estava amadurecendo a idéia de adotar uma criança, ainda que não tivesse sido gerada por mim, eu amaria essa criança e me dedicaria à ela.
Em fevereiro menstruei normalmente e cerca de 20 dias depois, eu, meu esposo, minha irmã e meu cunhado fomos à praia passarmos alguns dias.
Chegamos no final da tarde e, confesso que estava um tanto cansada e, nenhum pouco disposta a passear à beira-mar com minha irmã e meu cunhado. Preferi ficar no ap. com meu esposo.
Na manhã seguinte fomos à praia, estava um dia bem quente e o mar estava convidativo, fiquei dentro d'àgua por horas, estava me sentindo muito bem. Após algumas horas, meu cunhado resolveu voltar ao apartamento para preparar o almoço, enquanto curtíamos mais um pouco à praia.
Passado cerca de 1 hora, resolvemos voltar para almoçarmos, assim que entramos no ap. senti um cheiro que me embrulhou o estômago e que me deixou extremamente irritada; meu cunhado havia fritado linguiça e aquele cheiro de fritura e toda aquela sujeira...foi demais para mim!
Nunca tinha sentido isso antes e, a minha reação surpreendeu à todos. Passei a tarde toda com um sono sobrenatural, estava esgotada, não tinha forças e nem ânimo para mais nada.
Devido à minha falta de interesse, acabamos ficando menos de 1 semana na praia.
Já em casa, estávamos assistindo um filme, eu e meu esposo, quando na metade do mesmo, bateu aquela fome, meu marido resolveu fazer um tira-gosto enquanto eu esperava tranquilamente deitada na cama e com o filme pausado. Cerca de 20 min. mais tarde, vem o meu marido com uma travessa de linguiça calabresa acebolada e um sorriso estampado no rosto, como quem traz um banquete em suas mãos; assim que ele sentou ao meu lado resolvi provar da sua iguaria mas, ao engolir a primeira rodelinha de linguiça, senti a mesma voltar e me embrulhar o estômago, lembrei que havia sido a segunda vez que isso me acontecia, pensei que pudesse ser uma crise de gastrite ou algo parecido porém, meu marido no auge da sua sabedoria olhou-me no fundo dos meus olhos e me disse: "Você está grávida! Parabéns!" Como ele era muito brincalhão e já havia dito tantas outras vezes que eu estava grávida, não dei a mínima e ainda por cima fiquei chateada com ele por fazer piada de algo que ele sabia que eu havia lutado tanto e não obtivera êxito. Isso tudo aconteceu em um sábado, dia 31 de março de 2007.
Na segunda-feira, dia 02 de abril, resolvi comprar um teste de farmácia para descartar uma gravidez, já que meu marido insistia nisso...já perdi as contas de quantas vezes me iludi e criei falsas expectativas esperando ver as 2 faixas rosa no teste de gravidez e isso nunca acontecia...porém decidi fazê-lo novamente.
Fui ao banheiro e colhi a 1ª urina conforme descrito no teste, coloquei a fita dentro e esperei o tempo determinado, foram 5 minutos que mais pareceram uma eternidade, dessa vez não fiquei olhando para a fita como se isso fosse alterar o resultado, simplesmente ignorei até o momento de retirar a mesma e fazer a interpretação...tirei a fita e para minha surpresa...eis que estavam lá as 2 faixas que indicavam POSITIVO, não conseguia acreditar, olhei por vários minutos até cair a ficha...EI! ESTOU GRÁVIDA! Foi o melhor presente que eu poderia ganhar...era meu aniversário e Deus havia me dado esse presente, estava tão feliz que tinha medo de decepcionar e descobrir que o teste estava errado, então marquei um US transvaginal para o dia seguinte 03/04/07. Fui com a minha irmã e lá tive a certeza da minha maior bênção: EU SERIA FINALMENTE MÃE!